Susanna


Aquilo não parava nunca, nem mesmo de noite. 
Era nosso acalanto. 
Era nosso metrônomo, nosso pulso. 
Era a nossa vida medida em doses pouco maiores do que as benditas colherinhas de café. 
Colheres de sopa, talvez? 
Colheres de lata, amassadas, transbordantes de algo que deveria ser doce, mas era amargo e se esvaía, 
se derramava sem que pudéssemos sentir seu sabor: nossas vidas. 

— Susanna

Susanna



E é mesmo fácil escorregar para dentro de um universo paralelo. 
São tantos! 
O mundo dos insanos, o dos criminosos, o dos aleijados, o dos moribundos - e talvez o dos mortos também. 
Mundos que convivem com este mas não lhe pertencem, embora a ele se assemelhem.



— Susanna

Nanatsusaya

... Ela não era um mulherão não.
Ela era uma mulher apavorante
Nervos que mais pareciam navalhas, transparentes como o vidro.
Tão constratante com a sua aparência de flor exuberante.
Quem se atrevesse a tocá-la
Com certeza sairia machucado.
E fatalmente seria eu.

—In cápitulo 32

Nanatsusaya

... Você continua intocável pra mim, alexiel.
Mesmo agora que tenho braços
Um sentimento insuportável que transborda... Se debatendo.
Para lugar nenhum.
E mesmo que eu a tocasse...
Nada mudaria entre nós...
Não é?

—In cápitulo 28

Nanatsusaya

O meu desejo é só um, Alexiel.
Quero tocar...
Em seus cabelos.
Se eu tivesse dois braços para abraça-la
Se eu tivesse um corpo para envolvê-la
Se tivesse dois olhos para olhá-la
Você...
Mesmo assim... Você...
Escolheria aquele homem?

—In cápitulo 28

Teialiel




Escuta, você acha que Deus existe mesmo?
Eu sou um anjo, mas nunca o vi.
Eu o chamo e ele nunca vem.
Talvez, morrendo eu possa me encontrar com ele.
Se eu puder ser útil dessa forma...
Você pode me comer.

—In cápitulo 27

Introdução

Descansa em paz.
No momento em que sua vida terminou,
Sentiu dor?

Sentiu medo?
Sua palma fria apoia firmemente uma flor florescendo,

Seus lábios escarlates e seu cabelo que se meche ao vento
Fazem com que eu me pergunte
Se isto é um sonho...
Com dor pronuncia suas últimas palavras...
E a minha vida termina.

Por favor... 
Me leve com você.

— In capítulo 20

Kira


Sim, eu...
Sempre sofri com isso.
Me acostumei tanto com o dia a dia que nem percebi que havia começado a amar as pessoas ao meu redor.

Mas... não me dava conta de que enganar essas pessoas me fazia sofrer até sufocar.
[...]
Eu não sei como amar, como sofrer, como ser amado...
Muito menos o significado das lágrimas.
Nem sequer percebi o sentimento que nutria dentro de mim.

Esse desejo tão ardente de me tornar um humano...

— In capítulo 19

Mokona


Existem dois tipos de memória, a do corpo e a da mente.
Lógico que a da mente é muito importante, mas a do corpo também é.

— Mokona

Yuuko


Sim, e que correntes terríveis elas são... As palavras.
Uma vez proferidas, não podem mais voltar à boca de quem as falou. Elas não podem mais ser simplesmente ignoradas.
E sem compreender o poder que as palavras têm de atar os seres humanos, eles continuam a utilizar essas correntes de forma inconsequente.
As palavras são correntes com vida, assim, elas são capazes de se enrodilhar na vida dos seres humanos atando-os e asfixiando-os.
[...]
Palavras não são correntes usadas somente... Para atar a si próprio.
As palavras atam não só a pessoa que a pronuncia... Mas também aquela para quem as palavras foram dirigidas!
[...]
É muito confortável, não é? Permanecer atada pelas palavras...
"não vai dar certo", "não vai ser possível". Se disser essas palavras mágicas, você tem como justificar se as coisas derem errado.
Se estiver feliz com a situação que se encontra, pode permanecer nela se quiser.
Será que a felicidade que está sentindo agora é maior que a alegria que você vivencia quando diz: "é possível" e consegue realizar os seus sonhos?

— Ichιhαrα Yuuko

Yuuko


O que é normal, afinal? É ser igual à multidão?
Qual é o significado disso?
Se você não atrapalha o resto do mundo, não há mal em ser anormal.

— Ichιhαrα Yuuko
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...